Precipitação Persistente e Agitação Marítima

De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), para as próximas 48 horas, salientam-se os seguintes aspetos:

• Vento de sul/sudoeste rodando gradualmente para o quadrante oeste, hoje soprando forte até 50 km/h na faixa costeira e nas terras altas, com rajadas até 70 km/h e 80 km/h respetivamente. Vento mais intenso na sexta-feira, de sul/sudoeste, soprando forte até 55 km/h na faixa costeira e nas terras altas, com rajadas até 80 km/h e 100 km/h respetivamente;

• Períodos de chuva ou aguaceiros por vezes fortes, pontualmente de granizo e acompanhados de trovoada, hoje, onde pode exceder 10 mm numa hora durante a madrugada, e na sexta-feira;

• Agitação marítima forte na costa ocidental com ondas de oeste/ noroeste acima de 4 metros a partir do meio da manhã de hoje, aumentando para 5 a 6 metros de altura significativa, podendo atingir 11 metros de altura máxima, a partir do final da tarde de hoje e diminuindo para altura inferior a 5 metros a partir do meio da tarde de sexta-feira;

• Temperatura mínima na sexta-feira entre 0 e 2ºC nas terras altas do interior, acima de 6/8ºC nas cidades das regiões do litoral, embora com desconforto térmico acentuado pelo vento intenso.

Atendendo à alteração das condições meteorológicas, com previsão de precipitação, agitação marítima e vento, é expectável:

1) Piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água;

2) Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;

3) Ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;

4) Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;

5) Possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima;

6) Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos e pela perda da sua consistência;

7) Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;

8) Danos em estruturas montadas ou suspensas;

9) Desconforto térmico na população pela conjugação da descida acentuada da temperatura mínima e do vento.

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